Madrugada confusa

A verdade é que agora eu quero, eu preciso saber

Minha pequena, meu bem, meu mal

Neguinha, que amor é esse?

Se parece um fogo frio,

É uma dor gostosa de doer

Mas por essa noite, só hoje

O etílico me deixa calmo

Só hoje, eu finjo não pensar em você

E o tempo passa, a fome vem

Por esse som de violão que me enche

Massacra, pisa e estraga mais e mais

O já doído coração

Santos e estátuas do altar

Os seus espinhos, moça rosa

Que se confundem com a música vazada na tangente

Desse amor de direitos civis

Nas páginas e páginas duma cadeira branca doida

E se a grana não der, meu bem

Vai sobrar mês na cama desse apê

Vai faltar vez no asfalto desse trem.

Jean Michel
Enviado por Jean Michel em 13/08/2011
Código do texto: T3157524
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