A VOZ DA EMOÇÃO...

Quando a voz se sente embargada

Pelos tentáculos angustiantes da emoção

Emite sons dilacerantes

Só detectáveis por almas que lhe se são irmãs

Que percorrem caminhos paralelos

Na vida dos quereres

Na morte dos desfechos

A emoção…

Mundo abstracto

De linhas difusas de alma sem corpo

Sem braços, sem pernas

Mas com luz no olhar

Com lágrimas que não se vêem

Porque a emoção não se vê

Sente-se…

Transmite-se através das feridas

De um todo que a sustém

E grita…

E exclama

Reclama

Adormece

Fatigada dos sons que a fustigam

Que disparam contra as paredes do nada

Perece

Sem respostas.

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 23/08/2011
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