Entre a carne e o espírito

Este sentimento que me invade nunca me diz o que quer. Tento achar, aqui dentro, no prontuário de mim, respostas sem evasivas. Já não sei se escrevo o que leio ou se não leio para bem escrever. A minha alma me surpreende intermitentemente. Ora me oferece a pena para dela eu fazer uso, mesmo sabendo que o tempo é mais forte que tudo, e que tudo um dia pode apagar-se. Ora ela me traz o livro, cujo conteúdo de suas páginas parece desaguar nas profundezas da eternidade.

Se eu me questiono, deve, então, responder a minha alma. O que mais me fascina, a liberdade do escrever ou o aprisionar da minha leitura? Se ao menos a minha alma se expressasse na língua dos homens, eu poderia decodificar, de imediato, a sua mensagem. Só que a verdadeira verdade é dita da forma mais simples possível: através do coração.

Vera Verá
Enviado por Vera Verá em 25/08/2011
Reeditado em 02/09/2011
Código do texto: T3182504
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