As drogas da vida

As maiores drogas da vida não são químicas, mas sim humanas. Sentimentos e emoções quando expressados em atitudes erradas podem ser mais letais que qualquer pó branco que existe por ai.

Ambos fazem o ser humano se desviar de sua essência, sem prestar atenção nas verdadeiras raízes de sua existência.

Nesse mundo em que vivemos, tão recheado de egocentrismo, não nos damos conta que vivemos escravos de aparências, status e regras sociais. Poucos são capazes de por alguns momentos parar e analisar as coisas que realmente são importantes para nosso viver. Acabamos sempre com nosso olhar direcionado repetidamente nas mesmas direções.

Somos eternos viciados no materialismo, na superficialidade e na futilidade.

Vivemos remoendo passados, planejando futuros, deixando assim escapar o que nos é mais caro.

E quando em nossas crises de abstinência somos dotados de alguma lucidez, acabamos sempre colocando as culpas em algo ou alguém. E a sociedade acaba se tornando um imenso centro de narcóticos individualistas que nunca se recuperarão plenamente.

E são poucos os que acordam para deixar de sobreviver e enfim realmente viver. Pois a grande maioria é tão viciado em si mesmo e em um futuro que poderá nunca acontecer que se torna incapaz de olhar para seu dia de hoje e perceber suas vitórias diárias e que elas geralmente não foram conquistadas sozinhas.

Esses vícios humanos acabam nos tornando cegos e assim formamos uma sociedade deficiente em quase tudo. Nos falta visão na realidade da vida.

Vivemos sempre esperando conquistar o que não temos, sem dar valor para o que já temos ao nosso lado, que já faz parte dos nossos dias.

A dose diária de nossa droga humana acaba nos impossibilitando de abrir novas portas e olhar os presentes que a vida nos oferece a todo o momento e que talvez sejam nosso grupo de apoio, o passo para nossa recuperação.

Tente só por hoje viver sem planos, jogando fora todos os desenganos, vivendo seu cotidiano sem causar mais danos.

Só por hoje!

Deby Lua
Enviado por Deby Lua em 10/09/2011
Reeditado em 20/12/2011
Código do texto: T3211908
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