AUSÊNCIA
Costumava ver-te no alto do cume !!!
Eu tão minúsculo, rodava o pescoço
Tentando não perder pitada do troço
Mesmo escorregando em trilhos de estrume
Desapareceste ! … quanto me dói a tua ausência !
Os meus olhos já não brilham como outrora
Marco uma hora … fustigo a apetência
Recolho aos dias em que a escuridão devora
Caminho pela angústia de áridos desertos
Tendo como certos sóis que me envelhecem
Anoiteceres céleres que me entristecem
Vagas, tufões, mares de corações abertos
Oh como sinto a tua ausência…
O teu abandonar do cume, da montanha
Despida de sonhos, evasiva, estranha
Como se nada irradiasse a tua essência
Ausente estás… inerte me quedo à tua espera.