A Metade do Que já fui em Dobro

Não posso lembrar da sua boca sem beijá-la.

Não posso lembrar das suas curvas e dos seus pelos tocando o meu corpo.

Não posso lembrar dos seus lábios e os meus dançando juntos sem parar.

Lembro de nós dois em cima da grama molhada de chuva recente e penso em envelhecer ao seu lado.

Você diz que vai embora e me beija novamente, você desiste e assim passamos a noite ao relento.

Amo seus toques, seus beijos e carícias, amo seu tudo em toda forma que se apresenta.

E você já sabe disso.

Nesse instante nos olhamos e nossos toques dão lugar ao beijo.

Eu conheço todas as suas curvas e detalhes escondidos sobre a pele.

O amor que fazemos é superior à carne e transcende o tempo/espaço.

Sinto-me ligado a você, e assim permaneço.

Mas você vai embora e aqui fico, derrotado, dividido.

Como duas fatias de mim mesmo.

Sou agora a metade do que já fui em dobro.

Sou agora mais um desses que passam por você.

Agora vivo na esperança de tocar seus lábios de pura carne novamente.

O desejo continua vivo em mim e em você.

F A Almeida
Enviado por F A Almeida em 18/09/2011
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