SITIADO...
Por entre arbustos
Densos e anciãos
Avós dos meus avós
Na terra…
Testemunhas de gerações
Cama de muitos sóis
Alvo de imensas águas
Oxigénio em flor
Olho e repenso
Como é bom estar sitiado!...
Abrir as mãos
Estender os membros
Como braçadas em maré baixa
Que nos levam passos
Mas nos mantêm o corpo
Quero sair
A mente não obedece
Ao fundo a estrada
O vendaval de vícios
Que me rouba o que acabei de ganhar
Como é bom estar sitiado!...