FERIDAS ABERTAS...

Quando não consegues respirar

Porque te doem passados não esquecidos

Passa o filme desses momentos vividos

E conclui que nada há para reparar

Quando o Verão da vida te ensombrar

Mais parecendo um Outono matizado

Goza o sol que mesmo envergonhado

Te percorre o corpo em vias de tombar

Chora as lágrimas que um dia não verteste

Ingere o vinho que em tempos não bebeste

Solta as dores da alma, inúteis, encobertas

Adormece ao som de um trecho de Chopin

Quando acordares será outro amanhã

Sarado e esquecido de feridas abertas

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 24/09/2011
Código do texto: T3238900