FERIDAS ABERTAS...
Quando não consegues respirar
Porque te doem passados não esquecidos
Passa o filme desses momentos vividos
E conclui que nada há para reparar
Quando o Verão da vida te ensombrar
Mais parecendo um Outono matizado
Goza o sol que mesmo envergonhado
Te percorre o corpo em vias de tombar
Chora as lágrimas que um dia não verteste
Ingere o vinho que em tempos não bebeste
Solta as dores da alma, inúteis, encobertas
Adormece ao som de um trecho de Chopin
Quando acordares será outro amanhã
Sarado e esquecido de feridas abertas