OLHA-ME...
Olha-me !... Olha-me com amor ou com desdém
Mas olha-me …
Os meus olhos são o motor de uma alma enfraquecida
De uma noite mal dormida, de um dia de atropelos
De uma auto-estima sem zelos, sem brilho, sem azáfama
Que encontra nos teus olhos o mapa de trilhos hesitantes
Brutos, estimulantes, direccionados ao apogeu…
Por isso olha-me…
Olha-me de frente sem que as pestanas se choquem
Sem que os sentidos a rebate toquem…
Mas olha-me … olha-me … olha-me.