Desabafo ao Inacessível

 

Dediquei uma vida a pensar mais no futuro do que no presente com as sábias nuances do passado, porque procurava visualizar voltando em algum momento para o grande encontro de todos como iguais em relação aos prazeres materiais (quem não gostar do que é bom atire a primeira pedra). Já no espiritual o Senhor continuava igual, mas o grau evolutivo por cada um é construído em cada degrau a degrau vivido e avaliado no dito dia do juízo final, ou seja, no futuro mutante de cada cronologia individual dependente do referencial carma de cada esfera na casa do Pai.


 

Talvez tenha faltado uma maior atenção com o presente, que é o grande responsável para nos manter no sempre, não importa se passado, presente ou futuro e sim viver o que de melhor fizemos por merecer. E se não funcionar assim? E como avaliar esse talvez discriminado escolher por muitos mistificados? Seria tão mal repartido assim, simples e simplório demais para minhas viagens e divagações acerca do real imaginário palpável perante a atitude como forma de expressão na evolução da espiritualização.


 

Os privilegiados momentos oportunizados e vividos por alguns poucos, não tão poucos assim, e inusitados para outros iguais, é o grande mistério de cada ser acontecer ou não. Mas com certeza é fundamental tentar perceber, entender e permanecer sempre onde as coisas estão acontecendo (bom ou mal, o filtro é nosso). Mesmo que nos encontremos algumas vezes voltando, tratar-se-á de regressar após já termos ido, vivido e vindo. E a história se repete num ciclo contínuo adentrando a eternidade no hoje inacessível.

 

Julio Sergio

Recife-PE.

(01.07.11)