Sobre um comentário e outras coisas

"Quando não há luz no fim do túnel, você fica com o escuro, mesmo, não é minha irmã?"

Esse comentário ao texto 'Café com leite em caneca de latão', de uma leitora que me conhece um bocadinho, me fez pensar no quanto sou capaz de me adaptar - e, nesse processo, perder a capacidade de buscar o melhor para mim. Paralelamente, quase nunca me acomodo quando as necessidades são de alguém com quem me importo.

Há pessoas que vivenciam o contrário: brigam só pelo que querem para si e esquecem privações e motivações alheias.

Não me considero generosa - conheço-me o bastante para crer em mim qualquer incondicionalidade - mas me gosto assim. Aceito-me e, em ocasiões especiais, ajo de forma que a mim também surpreende. Se outros detém motivos, eu, idem.

Quanto à potência para a adaptação, nunca me senti tentada a comer insetos - ou esfinges. Mas alguém me disse, umas vezes: "Tenho certeza que você é 'raceada' com algum bicho!"

Eu, meio pedra, meio água, meio séria, sorri.