NÃO LEVANDO A SÉRIO A IDADE CRONOLÓGICA
Assim como qualquer
Fase da vida
A maturidade também
Apresenta seus desafios
Aceitar o envelhecimento
É não levar tão a sério
A idade cronológica
Mas o que ela representa
Eu optei por ter
Os pés no chão
Vivenciar o concreto,
O real, o existencial
Valorizo o que sinto... vivo
Amo, choro, rio... experimento
Não me prendo a passado
Simplesmente reinvento
Hoje posso ser eu mesma
Pela a primeira vez
Aparentemente tão presa
A tantos rótulos
E a idéia da liberdade...
Encoberta e subjugada
Pelas obrigações sociais
Eu não sabia ser sozinha... hoje eu sei
Rompi preconceito e estigmas
Aprimorei conhecimento
Superei a tão polemica crise
Pela a prática da observação
Busco harmonia e suavidade
Aprendi com a idade que
O segredo estar na experiência
E agudeza de pensamento
Os primeiros sinais
Começam aparecer
As perdas sociais e orgânicas
Ninguém disse que seria fácil... envelhecer
Mas a palavra-chave
É atingir a maturidade
De forma plena...
Tranqüila e saudável
Cultivo as minhas relações
Faço o que me dar prazer
Não olho para limitações
E sim para alem delas
Escolho o que me é aprazível
E o que dou conta de viver
Aceito os meus cinqüenta anos
Sem medo de dizer
A idade só chega
Para quem estar vivo
O meu tempo é o hoje
Meu relógio biológico... É o agora!