A MÃO...
A mão que a face sente com calor
Que o corpo faz amiúde estremecer
É a mesma mão que vejo hoje tremer
Se a intensidade não tem o mesmo ardor
A mão que acenava na hora da partida
Lavando lágrimas impossíveis de parar
É a mesma mão sem força para voltar
Que fica inerte no desencanto erguida
A mão que abraçava de sorriso outra mão
De corpos colados prenhes de emoção
Olhos ardentes, caminhos desbravados
É a mesma mão que flutua no ocaso
Fechada no temor do tempo raso
Na espera dos anseios sonegados