SILENCIOSAMENTE...
Refém de mim próprio
Refugio-me num caudal de pensamentos
Como se nada à minha volta existisse
Como se o espaço único fosse o pedaço onde me sento
Não há redor
Há apenas a rocha
Onde batem gotas de água
Que se escapam a cada beijo
Silenciosamente
Há apenas um abrir e fechar de olhos
Em sintonia com a cadência do vento
Um vento que não se ouve
Mas que se sente
Silenciosamente
Diminuta abertura
Onde cabe o mundo que me constrói
Naquele momento
De vida única
Silenciosamente