DIGO AO VENTO...

Desliza uma aragem que me consome

Que se passeia pelas faces

Como algodão semeado no corpo

Leve…

Que faz da suavidade

O reencontro com o éter do suspiro

Digo ao vento que não pare

De olhos cerrados lhe imploro

Que me vassoure o sentido de estar

Que me mantenha fresco

O ardor do impulso

Digo ao vento

Na linguagem bela do silêncio

Que sopre, leve, muito leve

Como se os meus braços

Comunicassem com os seus braços

Num abraço cúmplice

Profundo

Para quando chegar a hora do adeus

Memorizarmos naquele aconchego

Que estivemos juntos

Ansiosos pelo reencontro.

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 21/11/2011
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