DIGO AO VENTO...
Desliza uma aragem que me consome
Que se passeia pelas faces
Como algodão semeado no corpo
Leve…
Que faz da suavidade
O reencontro com o éter do suspiro
Digo ao vento que não pare
De olhos cerrados lhe imploro
Que me vassoure o sentido de estar
Que me mantenha fresco
O ardor do impulso
Digo ao vento
Na linguagem bela do silêncio
Que sopre, leve, muito leve
Como se os meus braços
Comunicassem com os seus braços
Num abraço cúmplice
Profundo
Para quando chegar a hora do adeus
Memorizarmos naquele aconchego
Que estivemos juntos
Ansiosos pelo reencontro.