Assistindo Minha Vida

Estou assistindo minha vida flutuando na dualidade. De um lado insights internos e do outro no trabalho humano muita atividade, acertos, ajustes e muita energia gasta.

A vida humana passageira nos convida a inúmeras atividades que uma vez escolhidas cobrem-nos com o véu de MAYA. A sensação de realidade, de separação, de auto-importância, da memória de fatos passados julgados que não deveriam acontecer (não aceitação), a pressão em fugirmos do presente, criando condições futuras chanteageadoras para sermos felizes, tudo isso observo atentamente. Como num mar revolto, revezo entre as profundezas sufocantes de MAYA e o alívio do frescor ao tomar fôlego na atmosfera da Totalidade.

O discernimento do que é Real e Verdadeiro está cada vez mais presente e isso cria uma justificativa egóica inconsciente para ter a sensação de que não poderia suportar as profundezas de MAYA.

A transposição do Absoluto para o Relativo é a chave para adentrar no Portal interior da Totalidade, onde posso transitar nas águas de MAYA respirando o oxigênio da Totalidade: A consciência.

Na imaturidade em que me encontro ainda sou dependente de cilindros de oxigênio, escafandros e retiros em ilhas de Luz.

A codificação mental de tudo que vivo é a forma consciente que tenho de adestrar minha mente racional. Amorosamente transmuto-a em mente consciente pouco a pouco, com pitadas de emoções e sentimentos superiores nas relações humanas pessoais e devocionais, de versos e rimas, meditações e músicas e filosofadas como essa que lê agora.