Quem somos nós II

Seres inquietos, desejantes, insatisfeitos por natureza. Sempre encontramos um defeito ali, uma falta acolá. A cada necessidade satisfeita surge mais outra, outras que nos impulsam para frente, que nos faz agir. Esta necessidade de plenitude que surge com a carência ou ausência de algo é o motor que nos impulsiona para a vida.

A inquietude não é uma falha, desde que a entendamos como um não conformismo, uma negação do estado de imutabilidade. Seres inquietos são sedentos e famintos de vida. Lembrando Heiddeger ( que não me engane). Somos inquietos porque trazemos como marca a angustia de se construir e o desejo de deixar nossas pegadas por aqui. A angústia, a inquietude diante da finitude pode nos fazer renascer a cada dia ou então sucumbir e descer a vala dos insignificantes. Assim, o nosso olhar diante de nossa marca fundamental é o divisor entre a urgência de vida e o marasmo da existência.