OLHOS QUE SENTEM...
Superando penumbras
Medindo distâncias
Sofrendo erosões
Olhos que vêem
São olhos que sentem
Cúmplices ou arrogantes
Carrascos ou solidários
Conduzem-te as mãos
Aos destinos da sensação
Aos tecidos que te enveludam os dedos
E param…
Dilaceram…
Choram…
Quando o corpo renuncia à vida
Lamentam
Cerrados
Por tudo o que ficou por fazer
Como se fossem juízes do pós vida
Dormes
Sonhas
Passeias pelo imaginário
Por câmaras ocultas
Que gravam paraísos
Desenham quimeras
Registam pesadelos
Que se diluem na emoção do tempo
Com olhos que vêem
Com olhos que sentem