Ai, cansei, futuro!

Chega de saber o que me contagia e faz bem.

Quero o esplendor da morte lenta e derradeira.

Meu sangue jorrando na boca dos enojados!

E minha paciência com eles se esvaindo.

Eu quero uma imparcialidade do futuro!

Eu exijo que ele me deixe ver o que acontece comigo

O que me consome, corroe, constrói e se cala.

O que faz pulsar esse peito de carne até quase explodir.

Eu preciso saber o que me faz amar e amar e amar...

O que pede por reciprocidade e depois abandona.

Eu PRECISO saber de que se constitui essa ânsia

Eu quero o alarde e a saudade.

Tudo que me forma na sua mais intensa forma.

Assim, futuro, deixa-me morrer ao menos sabendo quem sou.

Que, se não sei, morro por não saber!

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 03/12/2011
Código do texto: T3369437
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