Entre cigarros...
Era parte de algo maior. Essa neblina de nicotina.
Essas tristezas não são mais genuínas.
E eu sei que eu deveria alegrar-me e acender outro cigarro
Mas tenho medo do que possa tragar...
Por que sempre que acendemos um cigarro, pensamos.
E eu não quero ser engolida por idéias vindas do tabaco.
Aquela sensação de estar ruminando a morte
De estar se matando aos poucos, na respiração.
Talvez seja essa a graça.
Não há como não pensar em suicídio quando vejo o maço vazio.
É o vão entre a sanidade oriunda da integridade emocional
Versus a loucura da excessividade racional.
E a fumaça que não entra nos pulmões faz de mim uma assassina.
Então, qual é o pesar em fazer tudo isso, se estou consciente?
Pedirei ao meu psiquiatra um novo remédio, pois sim.
Alcatrão e monóxido de carbono na receita.
Na bula, uma restrição: Contra indicado em casos de supeita de psicopatia.
Hahaha! Seria genial! A culpa automaticamente se esvairia.
Espera, deixa eu acender mais um.
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Então, como dizia..