A loira dos meus olhos

São quatro longos anos.

Mais ainda parece que foi ontem.

Aquelas palavras, danças, beijos e términos.

Aquelas músicas que me (nos) assombram.

Uma construção demorada da minha personalidade.

Achava que você ia e voltava,

Mas e se você nunca foi?

E se essas paixões, essa aflição de cabelos cor de mel,

For um jeito de refletir em outras o que eu perdi contigo?

É, loira. Agora eu parto.

Deixo pra trás mais uma parte do nós que ainda existe.

Eu preciso saber como você está as vezes.

Preciso.

Não que eu te veja sempre, mesmo morando na mesma cidade.

Mas eu gosto de saber que se você precisar de mim,

Em poucos minutos estarei aos teus pés, tua cintura, teus cabelos.

Parto, preciso fugir desses fantasmas seus.

Não só por isso. Menos, loira!

Mas mesmo assim. Vou.

Por medo de te ter de volta e não saber o que fazer.

Por medo de não te ter e fazer com outras.

Mas nunca, loira, nunca igual.

Fujo de loiras pra me negar a tentar achar alguma,

Que chegue à tua altura.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 21/12/2011
Código do texto: T3399406
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