DO AMOR V

Amor, de verdade, não requer suporte. Como Luz, ele anda por si só. Alguns supõem, numa cegueira típica de crendice, haver um éter através do qual ele se movimenta. No fundo, isso nada mais é do que um, digamos, flogisto sentimental.

O certo é que o Amor gera um “campo elétrico” fazendo com que outras forças reajam, sem importar a que distância estão. Ora, Amor é magnetismo em movimento. Sua velocidade talvez jamais seja medida, é destes mistérios como os chamados “constantes da natureza”.

Na luz, a velocidade é a mesma – 300 mil quilômetros por segundo. No amor, meu Deus, a coisa escapa a nossa compreensão. Como disse, não existe amor isolado: é como se sua composição “física” fossem “elétrons” e “prótons”, ímã com seus pólos.

Mais intrigante, mais extraordinário, mais estonteante é que há, sim, ondas “eletromagnéticas” absurdamente invisíveis do Amor. Neste patamar, a agitação é constante e isto nos empurra para o caminho das probabilidades e nos mexe com as certezas, com os absolutos. Posso ousar e dizer: trata-se do Amor Quântico.