OLHOS FECHADOS

O que acontece quando o solidificado é inane e vão

Os preceitos teimam em ficar no ilusório, no remoto

O julgar é vago, porque não se é versado o provir

O tempo parece companheiro, mas no fundo é perfídio e traiçoeiro

Atrai com coisas supérfluas, fecha os olhos para o autêntico sentido das causas.

A desesperança torna-se conjugue de uma realidade, que teima em sondar os que a temem

Sem pausas ou amenizações teima em prosseguir, nessa objetividade interrupta do ócio da mente.

O genuíno, então enlaçado no encargo da própria origem deixa-se ocultar

Os verdadeiros valores são encontrados no descanso de futilidades, no intervalo do egoísmo.

Nem tudo aflui como o esperado

Quando se vê fixado em utopias pérfidas

Estando-se recluso em suas próprias convicções

Posteriormente, se solta para firmeza, sem mais teses ou demandas.

Exalta com júbilo o que tornou-se célebre, que

previamente, talvez por ignorância não questionava-se a vanglória de seus próprios preceitos

Com a soma de contestamentos que se é revelado, dá-se conta que andamos constantemente de olhos fechados.

Maria Aparecida A. Melo 05/01/2007