Praxe

Acordou sozinho, sobressaltado. Havia morrido de novo, sabia disso, mas dessa vez era diferente. A vida o encarava através das pálpebras fechadas, sorrindo, triste. Sabia ter falhado, e era de praxe. Já estava acostumado. Por algum motivo, daquela vez parecia doer mais. Os olhos mareados, o riso derrotado e os punhos cerrados, todos estavam lá. Mas não bastavam.

Confuso, triste, levantou-se e se jogou à porta. Ela abriu os olhos.

- Onde vais? - Perguntou.

- Aceitar.

Pedro Costi
Enviado por Pedro Costi em 27/01/2012
Reeditado em 30/08/2012
Código do texto: T3464276
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