Nunca vi Salvador assim
( Débora Acácio 07/02/2012)
Nunca vi Salvador assim
Inspirando medo
O desrespeito, o lado sordido da corrupção
Do caos, do terror
Nunca vi Salvador assim
Com receio de sair de casa
O comércio sem abrir as suas portas
O turista cancelando a sua viagem
A baiana sem vestir sua renda
E fritar seu acarajé.
Hoje acordei na mesma hora
E não me recordo ao passar pela praia
De ver o surfista pela manhã a meditar
O ciclista a pedalar
Nunca vi Salvador assim
O policial que pelo bem estar jurou lutar
Com o marginal trocando de lugar
Nunca vi Salvador assim
Em seus bairros populares
Seus pequenos empresarios a chorar
Pelo prejuizo, pelo assalto
Pelo desacato
E nas igrejas, nos templos
Os fiéis a orar
Pedindo ao mesmo Deus
Que aqui a paz venha reinar.