BALADAS...
Ao som das baladas que o vento me traz
Como trovas de arrepiar o pensamento
E me deixam inerte qual corpo em transição
Permito que o momento me trave os sentidos
Tal como quando te toco e o mundo se restringe
Numa praia de inverno que te regela os braços
E te mantém o coração quente na lareira do desejo
Baladas suaves como brisa em quietude
Vozes vindas do fundo como ecos ansiosos
Carentes de cumplicidade na procura de outras vozes
Caladas porque balada é silêncio
Onde os olhos têm a pronúncia de mil dialectos
Onde as mãos são o albergue das areias que nos tocam
E as carícias a doce leveza de um momento único
Baladas
Sinfonia do meu olhar
Do teu olhar
Em uníssono