QUANDO NOS TEUS BRAÇOS...

Quando nos teus braços encontro abrigo em flor

E o corpo tremente me diz que é um abraço

De desejos fundidos continuo naquele amasso

Até que o coração expluda no êxtase do ardor

Quando nos teus braços me esqueço do passado

De mente limpa e asas para voar

Não há fantasmas que me façam recuar

No aconchego do mito destroçado

Quando nos teus braços mato a sede e a fome

Elimino a dúvida agreste que me consome

E me açoteia a face e desfigura os traços

Não sei onde estou nem procuro saber

Nos olhos cinzentos cor do anoitecer

Perco o caminho e corro para os teus braços

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 28/02/2012
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