Apenas experiência basta???

Certo dia, ouvi um ‘indivíduo’ afirmar que era necessário todo um ‘preparo e experiência’ para se assumir um posto de liderança política, pois, o ‘inexperiente e despreparado’ que o assumisse, teria de passar boa parte do tempo estudando para aprender a lidar com todo o processo e que, muito provavelmente, quebraria a cara por muitas vezes, antes de acertar. Noutra ocasião, o mesmo ‘indivíduo’ disse que muitos daqueles ‘inexperientes e despreparados’ são apenas oportunistas, mentores de golpes de estado. Comecei a questionar-me então, sobre o que me motiva a querer fazer parte desse seleto grupo: “Será que o fato de não ter experiência me torna despreparado a assumir um cargo de liderança política? Será que minha inexperiência supera minha motivação, minha perseverança, minha determinação, minha integridade? Ou será que sou um oportunista, em busca apenas de status, ou o mentor de um golpe de estado?” Permaneci por algum tempo com esses questionamentos... Com o passar do tempo, comecei a observar o ‘indivíduo’ e percebi nele muito mais que experiência e preparo, percebi nele uma motivação superior, a conveniência do benefício próprio. Daí, voltei a questionar-me, mas não mais sobre os meus valores e sim sobre o entendimento daquela afirmação: “Se a experiência facilita ou determina o bom gerenciamento dos mecanismos políticos e, consequentemente, a aplicabilidade das ações, onde estão os benefícios comuns alcançados pelo exímio gestor? Será que seus exemplos políticos retratam-se nas figuras dos nossos gestores/governistas que após milhares de anos de experiência fazendo parte da base política do nosso país, estado, cidade, universidade, continuam “cagando” em suas próprias cabeças, distribuindo favores, tapinhas nas costas, sorrisos e abraços sempre que lhes é oportuno? Realmente, o fato de ter um histórico político, garante a um candidato ser íntegro na elaboração e no cumprimento de suas propostas? Sinceramente, estou convicto que não. De nada adianta ser 100% preparado e experiente se a forma de condução, a metodologia da gestão, não for aperfeiçoada. Sem dúvida, prefiro apostar na mudança metodológica e executiva, entendendo que o risco e a oportunidade caminham lado a lado, do que permanecer no “mesmismo” e sofrer as duras consequências do conformismo e do medo da mudança!

Robespierre Araújo Silva
Enviado por Robespierre Araújo Silva em 05/03/2012
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