EXPLENDOR...

Olho extasiado aqueles campos de relva

De verde esperança que me quebra os braços

E espreguiço-me…

Como se o meu corpo sentisse o relaxe

De um fim de tarde amigo e apaziguador

Ao longe o espaço onde se instalam papoilas

De um vermelho quente

Que me transmite o calor de um astro rei que me diz adeus

E sento-me…

Sento-me de olhos semi-cerrados

Com receio de que o pôr-do-sol

Me fuja através de uma nuvem maldita

Como é delirante ver os contrastes de um fim de tarde

Na planície dotada pelos dons da natureza

Pelo render da guarda

Pelas caras de uma lua ainda ténue

Ansiosa por que chegue o seu tempo

Há árvores e há aves que chilreiam em alvoroço

Na procura do quarto que lhes servirá de abrigo

Há beijos entre pares que vaguearam por céu aberto

E que se reencontram no final de mais um dia

Há êxtase… há explendor em cada pedaço de nós.

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 16/03/2012
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