EXPLENDOR...
Olho extasiado aqueles campos de relva
De verde esperança que me quebra os braços
E espreguiço-me…
Como se o meu corpo sentisse o relaxe
De um fim de tarde amigo e apaziguador
Ao longe o espaço onde se instalam papoilas
De um vermelho quente
Que me transmite o calor de um astro rei que me diz adeus
E sento-me…
Sento-me de olhos semi-cerrados
Com receio de que o pôr-do-sol
Me fuja através de uma nuvem maldita
Como é delirante ver os contrastes de um fim de tarde
Na planície dotada pelos dons da natureza
Pelo render da guarda
Pelas caras de uma lua ainda ténue
Ansiosa por que chegue o seu tempo
Há árvores e há aves que chilreiam em alvoroço
Na procura do quarto que lhes servirá de abrigo
Há beijos entre pares que vaguearam por céu aberto
E que se reencontram no final de mais um dia
Há êxtase… há explendor em cada pedaço de nós.