De cada palavra proferida em estado de paixão, ficaria a lembrança... Em retalhos, buscaria refazer os contornos que a alegria temporária desenhou na alma aturdida. Serviu de alento, refrigerou a alma, alimentou sonhos e partiu... Engasgando as palavras que, presas, provocaram o embotamento dos sentimentos que fluíam naturalmente. Sensação estranha de abandono de si, entrega sem restrições. Vazio que se sente depois de alçar voos e pousar em desertos. Traduzia o que sentia em gestos, palavras e atitudes pressentidas. De certo, conhecia o porvir. Já havia aprendido que o eterno é o que se aprende com os traços indefinidos das experiências significativas. Amor? “Eterno enquanto dure...” Eterno, enquanto se mostrar saudável. Eterno, desde que seja amor! Seguiria... Entre ilusões destituídas e desejos. Canalizando sentimentos nas direções que lhe oferecessem estações de alegria.