ANTIDEPRESSIVOS
                                Texto original de 2011

 
Se antidepressivos podem nos devolver a vontade de viver comprometida ao longo de inumeráveis anos de múltiplas perdas acumuladas umas sobre as outras, há realidade em nossas emoções?
Se determinadas combinações químicas podem alterar até mesmo o fluxo dos nossos pensamentos e, se nós somos o que pensamos, então, quê somos?
 
Por essas e por outras venho tentando prosseguir sem tais drogas, venho sobrevivendo à terrível dependência da droga chamada Mim-Mesma. Quando sentir que esteja a ponto de morrer de overdose - há momentos em que parece faltar muito pouco para isso - creio que não me haverá outra escolha senão começar a usar antidepressivos.










*Nota de 26 de março de 2012.
Não consegui evitar o nível-limite de overdose de MIM-MESMA. Há três dias comecei a tomar antidepressivos. Parece incrível, mas MIM-MESMA já me parece ligeiramente mais calma.
 
*Nota de 24 de agosto de 2015. O efeito daquele antidepressivo durou pouco, que MIM-MESMA é depressivo poderoso.Piorei, de novo. Tentei outro há cerca de 2 meses. Fiquei pior, mais uma vez, estão voltei a MIM-MESMA que, a bem da verdade, já há muito nem é mais SI-MESMA. Seja lá quem sejamos hoje, sobrevivamos: Eis a ordem, apesar da vida.

Na noite de 07 de fevereiro de 2011; republicação no início da noite de 26 de março de 2012; terceira republicação hoje, em 24 de agosto de 2015.



                            Boa semana, amigos.