Perdeste o amigo Cortês

Você perdeu um amigo, que do vinho à água, virou pó.

Que o vento carregou, a esperança não brotou. Até a própria flor definhou.

Que triste, que triste.

Perdeste alguém que lutaria pela tua alma, ainda que a própria estivesse morta.

Perdeste o brilho dos olhos daquele que a vira, sempre, e mesmo assim lhe elogiava. Não! Jamais! Jamais foi dando em cima de tua beleza, e sim elogiando-a com todo carinho e respeito, a amizade que um dia brotou, desabrochou, enraizou e cresceu.

E hoje, em tristes palavras:

_Definhou, morreu, apodreceu, não cresceu! Envelheceu.

Se foi...

Assim, do nada.

Como quem parte em um silêncio, silêncio profundo, imundo?

Mas cabível as consequências que o fez.

Você estaqueou o coração de alguém que só queria tua amizade.

Hoje esse alguém se foi, acho difícil que volte. Dizem que

o vento costuma levar aquilo que nos é de excesso, ou não é de se valorizar.

Ele deixa pertinho de alguém que há de um motivo especial encontrar.

Para amar! Amo como ama um amigo, a amizade, não tenho nenhum outro motivo para amar a amizade, se não, ser amigo.

Mas esse amigo se foi.

Perdeste o que era doce, os lábios que lhe estalavam ao dizer bom dia.

Hoje ressecam à luz do sol, que triste agonia.

O abraço que antes lhe confortava na chuva.

Hoje faz frio na tarde vazia.

E assim foi, assim o fez, assim será!

Como desejastes!

Que assim seja, assim o faça.

Que o fantasma desapareça!

Ou melhor! Que nunca exista, o que não existe não é real.

Conclui-se o poeta. Dizendo em tais palavras banais.

um Adeus, que o traz. Mas de alguém que jaz.

Ass: Slayker Cortes

www.slayker.blogspot.com

(msn) slaykercortes@hotmail.com

@slaykercortes

Andradeescritor
Enviado por Andradeescritor em 28/03/2012
Código do texto: T3581458
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.