Amar de verdade cura

Ele acha que morro por ele,

Também assim me acreditava,

a cada dia menos,

um pouco de saudade daqui,

um pouco de desprezo de lá,

mágoa acima,

amor abaixo, mas ainda amor.

Sei o quanto não é nada, eu deveria?

Quem controla isso?

Nada, tudo, qualquer coisa mais feliz

Te amar apenas bastaria, mas essa dor...

Sou melhor que isso

E me sinto violada por fingir não saber

E pra ser amada não me falta nada

Amor não se cobra ou barganha e eu estou pra mim por nós.

Já cheguei a sentir que não saberia escolher entre mim e você,

Senti tão profundo!

Quem sabe por um tempo pude apenas amar?

vai ver desaprendi ou aprendi

me perdi.

Agora não sei se é coisa de quem ama ser tão pro outro,

ou coisa de quem ama ser tão pra si.

Amar é verbo, e cadê minha ação? Cadê sua ação?

Quero-me o suficiente?

O bastante para vencer meu lado triste.

Magoa é amor de infeliz.

Não mais as avessas.

Porque nada é fácil;

amar de verdade dói;

amar de verdade cura.

É o princípio do que estou a enraizar em mim.

Perla Libonati
Enviado por Perla Libonati em 17/04/2012
Reeditado em 17/04/2012
Código do texto: T3618764
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