O con-viver
"Se os homens
fossem como o vento:
Soprariam sentido à felicidade...
Se os homens tivessem tempo
de curtir a própria vivacidade...
Se os homens fossem
como as montanhas:
Raízes fincariam;
Se os homens descobrissem
que em suas entranhas
há amor,
amor espalhariam...
Se os homens fossem
como as árvores:
frutos vigorosos dariam;
Se os homens soubessem sorrir,
sorrisos manhosos distribuiriam...
Se os homens fossem como
os magos:
Magias descobririam...
Se os homens não fossem tolos;
Sábios com certeza seriam...
Se os homens soubessem
chorar;alegrar;mentir,omitir
ou cantar...
se os homens soubessem viver,
renascer...
ou amar...
Se eles soubessem
que no mundo
também bate um coração...
Se soubessem ir a fundo
sem pisotear no irmão...
Se soubessem ser como espinhos intactos...
Se soubessem trilhar caminhos verdadeiros...
Se soubessem ser úteis como os cactos...
Se soubessem ser meticulosos e inteiros!
Ah! Se os homens soubessem
da perene, insuspeitada alegria
de con-viver...”