PERGUNTEI-ME...
Perguntei-me
Se no seio dos Mundos que fazem o Mundo
Há um que é o meu?
Um Mundo cheio de janelas por onde entra o sol
Que se espalha pelas ameias do meu castelo
E se aloja nas frestas esquecidas e livres do meu universo
Onde nas noites a lua namora comigo
Compreende e afaga os meus cansaços
Enxuga os gelos por onde deslizam os meus pensamentos
Haverá esse Mundo meu?
Que me coordena os desgastes
Me ergue quando tombo por terra enlameada
Nos charcos onde faminto tropeço incrédulo
Onde reside esse meu Mundo?
Em que florestas se ergue a cabana
Que o recolhe de agrestes temporais
Para que nunca me falte a luz da ilusão?
Perguntei-me…
Será que não sei onde, nem sei quando
Haverá um Mundo que é o meu?