O bem e o mal

Virtude é algo que de certa forma todos nós possuímos. Sem duvida o pior de todos os homens possui um pouco de virtude dentro de si. Com certeza você deve está dizendo: “- Este cara é louco!” Sim, posso até está sendo louco. Mas pense um pouco mais. Vamos buscar exemplos.

Imaginem um catador de lixo, para muitos ele é um zagabundo, um sujo, um mal-educado que suja toda a rua, o próprio lixo da sociedade, uma ameaça. Para os que vivem no meio dele, o catador não passa de mais um homem em busca da sobrevivência, uma pessoa que não teve as mesmas oportunidades que outras. Um homem que transforma o lixo de uns, em alimento para família que o espera. Então, o que podemos concluir? Citarei outro exemplo.

Agora estamos em uma empresa de grande porte. Aqui há um funcionário onde ele luta para fazer as coisas de forma corretas. O que correto para ele e para empresa atrapalham os interesses da sua supervisão e da sua gerência. Pois os dados que ele informa não é suficiente para atender os clientes. Por suas vez a supervisão e a gerência preferem dá um “jeitinho” para que os dados sejam suficientes e assim as engrenagens da empresa continuem girando, evitando a queda da receita, por conseqüência, evitando novas demissões.

Então quem está errado? Quem é o virtuoso da historia? Onde está o bem e o mal? O funcionário por seguir as normais da empresa ou a chefia que mantém a engrenagem girando, gerando lucros e novos empregos?

Sem dúvidas, várias opiniões serão formadas. Umas em favor da chefia e outras a favor do funcionário.

O que lhe digo é que a avaliação do que do bem e o que é do mal, se é virtuoso ou não, será sempre em favor da realidade ou da posição social de quem julga. É obvio que uma pessoa que tem uma posição socioeconomicamente estável julgará que estiver abaixo do seu “nível” desvirtuoso. No caso o catador de lixo para muitos ele é um transgressor de seus valores. Para seus “irmãos” e familiares um lutador, um vencedor.

Os funcionários da empresa em questão, com certeza ira defender o amigo (salvo os puxa-sacos), pois se ele fizer o “errado” provavelmente estará a mercê de uma justa causa em caso de uma auditoria interna. Mas a chefia discordará do funcionário, pois se não alcançarem os objetivos planejados, sem duvida, quem terá seu emprego ameaçado é a chefia.

Ricardo Simas
Enviado por Ricardo Simas em 01/02/2007
Reeditado em 02/02/2007
Código do texto: T365414