QUANDO ESCREVO...
Se cantar é ser a voz do coração
E chorar o hino aberto ao desencanto
Não há palavras que calem qualquer pranto
Ao escrever estou-te a dar a minha mão
Ao escrever no silêncio quero ouvir
Quero que me dites com alma e destemor
Se expressas a raiva, o ódio ou o amor
Para que a minha mão retrate o teu sentir
Quando escrevo sai de mim parte de ti
Pedaços fechados que por medo nunca abri
E te entrego na cumplicidade do segredo
Quando escrevo são meus olhos tua alma
Frases que vagueiam na planície calma
Que tentam desvendar o meu degredo