QUANDO ESCREVO...

Se cantar é ser a voz do coração

E chorar o hino aberto ao desencanto

Não há palavras que calem qualquer pranto

Ao escrever estou-te a dar a minha mão

Ao escrever no silêncio quero ouvir

Quero que me dites com alma e destemor

Se expressas a raiva, o ódio ou o amor

Para que a minha mão retrate o teu sentir

Quando escrevo sai de mim parte de ti

Pedaços fechados que por medo nunca abri

E te entrego na cumplicidade do segredo

Quando escrevo são meus olhos tua alma

Frases que vagueiam na planície calma

Que tentam desvendar o meu degredo

Ângelo Gomes
Enviado por Ângelo Gomes em 07/05/2012
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