Ciência Humana
Pessoas riem sem motivo
Tentando descrever a vida em uma
História maravilhosa
Frustração não revelada
Felicidade fabricada!
Entre cegos imundos às espreitas
O silêncio é minha arte
Aos átomos que me circundam:
Excremento, excremento existencial...
Complicada admissão:
A verdade é só mais um jogo de eloqüência
E o tempo, o tempo é uma ferida que se fecha convergindo
à profecias apocalípticas
Gemidos de sofrimento justificam
a valsa da mentira
Sensibilizando e remontando
Cenas de tortura cálida...
Fome!
Transitando sob trilhos subterrâneos,
Fitando destinos mundanos,
Bolsa cartilaginosa, programada
pra esquecer
Insônia aguda, queimando no nada
Sereno, conflitos do ócio
Prepúcio do medo
Coral infantil: não resta vida, o oceano
Engolirá suas casas
Gire, gire, gire...
Ciência humana.