Além das montanhas
Eu preciso de serenidade
Refletir um pouco de luz
Mas sinto o peso dos anos na alma
Trágica visão globalizada
Embalam os pesadelos noturnos
Dias se vão
O mundo não munda
As pessoas se trancam
Se isolam
Temem um inimigo invisível
Enquanto os eleitos não tem significado algum
Em tantas catástrofes
A juventudade já me foi arrancada
Pelos ponteiros
A criança dentro de mim chora
Por não entender
O que os humanos querem
Onde vão
Se o obvio
Não significa nada
Mundo obsceno e cheio de truques sujos
Nos obriga a sobreviver
Esquecendo o sonho de liberdade
Não sei quem está mais cego
Por isso eu sonho
reacendendo a chama que me aquece
Enquanto o tempo esfria
Nascido da dor
Não olharei para traz para me martirizar
Alguma lição proveitosa de tudo ficou
Daqui algum tempo
Estarei bem longe daqui
Além das montanhas
Voando entre as nuvens
Quando encontrar minhas asas
Eu preciso de serenidade
E Refletir luz
Assim inluminar o caminho