Tormento
A solidão, de novo em minha porta:
“Ei, voltei! É aqui que vou ficar por algum tempo!”
Ela tem o poder de me fazer parar.
E, por mais que eu fuja, sua força parece me vencer.
Chega, se acomoda, e vai ficando.
E eu não sei como me livrar dela.
Detenho-me em pensamentos absurdos.
Dar uma sacudida na poeira, e recomeçar, quem sabe...
Mas estou imóvel, estagnada...
E o medo resolve ficar ao meu lado. Mas ele não me ajuda.
Torna pior a situação.
Uma voz que vem não sei bem de onde, que se confunde com a minha própria voz, como se a me alertar, sussurra:
“Espera, Celça, fica na tua!”
Mas eu insisto.
É inevitável.