NA ONDA DO PENSAMENTO...
Frágil…
Como se tivesse acordado de um sono demorado
Espreguiço os meus sentidos
E penso…
Penso lento
Como lenta é a minha reação através da mente
Vagueio pelo passado
Oferecendo o privilégio aos momentos áureos
Aqueles que me confessavam
Junto aos ouvidos pouco atentos
Que valia a pena viver
E penso…
Penso que ao presente se juntaram os anos
Numa miscelânea de sentimentos díspares
Que recusa recuar no tempo
Há quem lhe chame maturidade
Envelhecimento natural
Ou sinistro acidental
Que tornou defunta a paciência
Só o pensamento não se esvai
E nos trás à memória os encantos da adolescência
Hoje penso
De corpo dolente e olhos ainda semi adormecidos
Porque o pensamento é o elixir
Que diferencia a vida da morte.