Lisbela e o Trem da Vida

Lisbela olhou o verde, arregalou os olhos e não quis mais sair dali.

Achou que tinha chegado em casa... Para sempre.

Respirou com gosto o perfume da planta de cheiro

E esfarelou a terra escura no meio dos dedos antes de levá-la ao nariz.

De repente, porém, ouviu assustada a voz que gritava:

“Venha, menina, que temos que ir e o trem não espera!”

Triste, baixou os olhos da terra que lhe sorria e seguiu viagem.

Quem sabe uma nova paisagem a esperava antes de chegar na casa do avô.

O trem da vida, afinal, é sempre cheio de surpresas.

Acredite, Lisbela.

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 26/06/2012
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