Tô doente!


Estou doente. Fato!

Um vírus mutante, bactéria debochada ou qualquer coisa do gênero resolveu fazer do meu corpo sua morada.

E como efeito de sua estadia indesejada, há mais de um mês me debato entre tosses, espirros, calafrios, noites mal dormidas e dores por todo o corpo.

O doutor e conhecedor de todos estes males por duas vezes me examinou e o diagnóstico foi sério: ESTÁ DOENTE! Quanta competência!!! Fiquei pasma!

Exaurida a farmacopéia disponível no mercado para sanar meu mal-estar, sem resultado satisfatório, começo a me preocupar.

Que será este bicho afinal?

Algum tipo de alergia provocado pelo clima sempre plúmbeo da terra do pinhão?
Mofos e bolores que crescem sorrateiros pelos caminhos da cidade?
Alguma deficiência química do meu corpo que virou salão de festas de algum organismo alienígena?

Sei lá.

Começo a pensar em outra explicação: mal olhado, quebranto, ataques vampirescos, abdução e outras maluquices do gênero, inspiradas, quem sabe, pelo meu estado febril.

Um amigo, metido a besta em questões com o pai da psicanálise, disse que estou “somatizando”. Somatizando o quê, criatura? Se é minha mente quem tá “dodói da tebeça” que fique por lá e deixe meu corpo em paz.

O fato é que sendo mente ou corpo, vírus ou bactéria, vitamina ou falta dela, tô mal.

Chazinho da vovó, caminha quentinha e um cafuné das mãos amadas seria um excelente remédio.

Quem sabe o único deles e o que está faltando.

Opa, ainda tenho salvação!


Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 26/06/2012
Reeditado em 26/06/2012
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