UM NÃO SEI QUÊ...
Um não sei quê vindo não sei de onde
Que percorre ruas sem nome e sem calçada
Um mistério que de corpo se vê nada
Um não sei quê dentro de mim se esconde
É uma dor que declama ansiedade
Que passa por mim sem vincular o rasto
Traça por si horizonte negro e vasto
Um não sei quê que sem o ver me invade
É um silêncio tão forte que me cala
É uma noite tenebrosa, é uma vala
Por onde escorre o sangue dessa dor
É manter-me de corpo inerte e absorto
Estando vivo simulo que estou morto
É um não sei quê parecido com o amor