E eu digo: foda-se, amor.
Foda-se que você é uma parte de mim sem, ao menos, me ter dado uma parte de si.
Foda-se que meus caprichos me impossibilitam de dizer mais que palavras escritas e brincar de luxúria em momentos propícios.
Foda-se que vai ser mais um sentimento avaliado, computado e armazenado numa caixa dentro do meu peito.
Foda-se que isso não nos levará a nada.
Foda-se que meu plural se resumiria a singular por você.
Foda-se que a reciprocidade foge a galope por entre as madrugadas em claro em que você dorme e eu poetizo.
Me dou ao luxo de sentir mesmo assim.