E eu digo: foda-se, amor.

Foda-se que você é uma parte de mim sem, ao menos, me ter dado uma parte de si.

Foda-se que meus caprichos me impossibilitam de dizer mais que palavras escritas e brincar de luxúria em momentos propícios.

Foda-se que vai ser mais um sentimento avaliado, computado e armazenado numa caixa dentro do meu peito.

Foda-se que isso não nos levará a nada.

Foda-se que meu plural se resumiria a singular por você.

Foda-se que a reciprocidade foge a galope por entre as madrugadas em claro em que você dorme e eu poetizo.

Me dou ao luxo de sentir mesmo assim.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 05/07/2012
Reeditado em 05/07/2012
Código do texto: T3761873
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