Da janela do ônibus...

Eu vejo o vai e vem dos carros

E o vem e vai das pessoas,

Vejo os dias correndo sem freio, sem manuseio

E a impossibilidade do de volta traze-los.

Correria, agonia e gritaria são os únicos movimentos, sons e sentimentos que se podem perceber em meio a cotidiana agitação,

que se tornou a vida das pessoas, e estas de tão alienadas deixam passar desapercebidos detalhes que fariam grande

mudança em suas vidas,...

Do mendigo pronto para receber um gesto de solidariedade,

e retribui-lo com a alegria de sua própria saciedade,

Ao despetalar das flores

que mostram a possibilidade da renovação

quando ao soprar dos ventos suas pétalas são lançadas ao chão, e certamente mais belas retornarão na próxima estação.

É como se os olhares estivessem com vizeiras laterais, as quais impedissem a visualização do além do horizonte, ou seja além do avante, além do adiante,...

Mais afinal o horizonte não varia de acordo com nossa posição? Por isso é sensato e importante o olhar para os lados tanto quanto,

o olhar para frente.

E estes diversos horizontes nos permitem....

esquecer e descobrir...

construir e reconstruir...

amar e desamar... além de

viver e viver...

Os diversos horizontes nos permitem sermos quem somos,

Além de nos permitir tornarmos ainda melhor do que já fomos

Mais se, e se somente se nos permitirmos percebe-los.

É preciso usar os olhos!!!

É preciso utilizar a visão!!!

Daí eu vejo a possibilidade de mudança,

a possibilidade de renovo

Daí eu vejo a impossibilidade

de mudar o tempo,...

Mai vejo a possibilidade de reescreve-lo.

Jéssica Thais
Enviado por Jéssica Thais em 12/07/2012
Reeditado em 28/01/2015
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