Ao insano

Quando se sonha, ou insone pensa, e remói a angustia da existência, quando coincidentemente encontra uma alma em mesmo estágio de insensatez e tem uma daquelas conversas de sintonia de alma mas caos de sentido: apenas somos.

A fagulha de vida, quando encontra ventos ruidosos e agressivos, e tremula ameaça extinguir-se e entra em movimento, é o que as vezes faz o turbilhão que cega, que sufoca, que aperta o coração dentro do peito, medo e incerteza, ansiedade e desolação, sempre extremos dos sentimentos mais avassaladores: variantes do pendulo.

O silencio em que apenas resta se sentir pó de estrela, uma fagulha de luz, um simples grão de areia, que sente e sangra, que pulsa, geme, chora, que lateja de ânsia, que se move, escorrendo na direção do que arrasta: marionete.

Ser... apenas, ser... NO SILENCIO.

No CAOS, no delírio, um mar de rosas espinhosas, lagrimas amargas e pouca fé, a vida fluindo, e a o tempo matando seu filhos a dentadas, (Chronos) acordando todos os dias na mesma cama, querendo um calor, querendo um sentindo, um sorriso, um rosto consigo, querendo um sentido, um caminho, um fôlego. Tentando trazer a memória todos a quem dedica amor, ganhar forças e seguir...

O Zé Ninguém, o eu perdido que é invisível, que um dia acharão em seus guardados poesias e desenhos e o admirarão, um cadáver admirável não serve, quando o universo foi criado não havia olhos que o vissem quem diz então de seu nascimento? Somos um raio de luz que ilumina uma limitada área, mas em si mesmo não se pode chamar sol.

Uma taça de vinho, um livro de cabeceira, anotações e papeis velhos, fotos, a lembrança de perfumes e vozes que há muito se foram, não a um mundo distante, mas a uma distancia instransponível em que se perde quem se tinha perto, e surge um alien, que devora o que amávamos nestes alguem’s...

Resta então permanecer, ir existindo enquanto couber, colar, enquanto o fio de ouro não se romper. Ou ser bruscamente rompido ...

T Sophie
Enviado por T Sophie em 14/07/2012
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