Assim...

A cor dos seus olhos, o seu jeito de sorrir e tentar me arrancar palavras, e em silencio te contemplo, tentando decifrar o que esconde, me desvencilhando deste jeito que se acostumou a ser e ver, então, talvez em um instante de distração seu algo que ninguém viu.

A voz, o cheiro, o magnetismo que me atrai, inexplicavelmente, e repele e em um jogo de forças minhas personas se atrapalham nos papeis, e algo do intelecto, do desejo e do caos que a alma experimenta somente quando se enlaça a velhos conhecidos. Calo-me tentando compreender, em minha mente que conhece teorias, mitos, historias e estórias demais, mas que não é capaz de gerir seu fluxo insano de pensamentos, que em torrentes encontram uma série de tolas tentativas de contenção.

No jogo da vida, dos desejos, das emoções há sempre alguém que chora, há alguém que insone se pergunta sobre seu futuro, que tem jardins secretos, que tem sorrisos e sensações que jamais dividiu, há a menina, a mulher sempre em uma suplica muda de ser feliz.

E quando me toca, quando me arrepio com a ânsia de sentir com intensidade o universo pulsar dentro de mim em uma entrega entre a lascívia pura e o encontro genuíno de alma. E sou apenas carne pulsante e alma incandescente, a luz e a sombra do mesmo ser em um uníssono de sensações...

T Sophie
Enviado por T Sophie em 07/08/2012
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