Eterno quase

O mundo em sua infinitude a me entregar uma infinidade de quases.

Nós, em nossa condição finita perante a escala de tempo do mundo, jogamos o mesmo jogo mudando eras e épocas, como personagens de figurinhas repetidas que apenas se adaptam a tendências, quase vivemos.

Mas passamos pelo mundo em uma eterna quase comunhão com o que é ser quase natural.

Ao mesmo tempo que esse nosso quase é ínfimo, muito passageiro para o mundo, nossa espécie cria um espetáculo de ideologias, uma dança que supera o tempo, dando à história um show atemporal.

Uma beleza ritmada e quase sincronizada com o mundo, que chega a doer quando se percebe que está fazendo parte da dança também, quase vivendo.

Sabrina Vieira
Enviado por Sabrina Vieira em 03/09/2012
Reeditado em 10/09/2012
Código do texto: T3863461
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