Onde foi parar o romantismo?

Estou lendo um livro muitíssimo interessante chamado “Love letters from great man”, cuja tradução é “Cartas de amor de homens notáveis”, de Ursula Doyle. Este livro trata de cartas de amor escritas por homens famosos da história mundial e que foram encontradas em seus pertences após suas mortes. O livro é lindo e estou lendo as duas versões ao mesmo tempo, em inglês e em português. Lendo este livro me dei conta de muitas coisas. A principal delas é o fato de que o romantismo desapareceu. Não existem mais pessoas escrevendo cartas de amor, dizendo palavras românticas umas para as outras. A que se deve isso? O romantismo acabou? Quem acabou com ele? A proximidade que a tecnologia trouxe ou nós mesmos? Penso que um dos fatores que destruiu por completo o romantismo foi a tecnologia. A internet, os próprios telefones, fixo ou celular, aproximaram os corações aflitos. Pensando assim, o sofrimento movia o romantismo? O sofrimento da distância transformava as pessoas em seres românticos. Agora não precisamos disso, pois aqueles que amamos estão ao alcance de nossas mãos, ou do teclado. Como poderíamos recuperar este romantismo perdido? Poderíamos aproveitar que temos tanta proximidade dos nossos amores e fazer outros tipos de coisas para reascender o romantismo. E-mails de amor, telefonemas de amor. Se a pessoa estiver ainda mais perto, abraço e beijo de amor. O que importa é não perdermos a essência daquilo que somos, por motivo algum. Ser nós mesmos é o mais importante, não deixar que nada transforme nossas almas. O corpo pode acompanhar a tecnologia, mas a alma não perde sua verdadeira razão de ser.

Roberta Pimentel
Enviado por Roberta Pimentel em 10/09/2012
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